segunda-feira, 26 de março de 2012

A internet de Charles Darwin



































Talvez muitos saibam da viagem que Darwin fez a bordo do navio de exploração HMS Beagle. De facto, essa viagem pode ser considerada como o momento de viragem na vida do naturalista inglês. Durante quase cinco anos, Darwin percorreu quatro continentes, onde pode observar muito do que viria a ser a compilação de argumentos a favor da sua Teoria da Evolução das espécies por selecção natural.

O que talvez poucos saibam é que Darwin continuou a estudar espécies de países distantes e a discutir os seus resultados com cientistas em diversas partes do globo usando o correio. Através de cartas, Darwin pedia exemplares de organismos pelos quais nutria interesse, solicitava o envio de livros, debatia ideias e resultados ou ajudava a planificar experiências ou sistematizar observações. Um dos que beneficiou da ajuda de Darwin foi o português Francisco de Arruda Furtado, cientista autodidacta da ilha de São Miguel. Durante o ano de 1881, Arruda Furtado e Darwin trocaram pelo menos 10 cartas e as sugestões e palavras de encorajamento de Darwin foram determinantes para o jovem açoriano e para os seus estudos sobre as espécies insulares.

A correspondência que Darwin trocou com inúmeras pessoas sobre um sem-fim de assuntos é tão impressionante que foi desenvolvido um projecto que tem como objectivo catalogar, transcrever e disponibilizar ao público as mais de 15 mil cartas que Darwin escreveu ao longo da sua vida, o projecto Correspondência de Darwin.

Sem comentários:

Enviar um comentário