CONCEPÇÃO
ERRADA: A evolução não é ciência porque não pode ser observada ou testada
CORRECÇÃO:
Este equívoco engloba duas ideias incorrectas: (1) que toda a ciência depende
de experiências laboratoriais controladas, e (2) que a evolução não pode ser
estudas usando essas experiências.
Primeiro, muitas investigações científicas não
envolvem experiências ou observações directas. Os astrónomos não podem ter
estrelas nas suas mãos e os geólogos não podem recuar no tempo, mas ambos os
cientistas podem aprender muito sobre o universo através da observação ou da
comparação. Do mesmo modo, os biólogos evolutivos podem testar as suas ideias
sobre a história da vida na Terra fazendo observações no mundo real.
Segundo, apesar de não podermos realizar uma experiência
que nos diga como foi que a linhagem dos dinossauros radiou, podemos estudar muitos aspectos da
evolução com experiências controladas, num laboratório. Em organismos com
tempos entre gerações curtos (ex.: bactérias ou moscas da fruta), podemos mesmo
observar a evolução em acção no decorrer de uma experiência. E, em alguns
casos, os biólogos observaram a evolução a ocorrer na natureza.
Para aprender mais sobre evolução rápida na natureza,
visite a história sobre as alterações climáticas,
a nova história sobre a evolução de peixes resistentes ao PCB
ou o perfil de investigador sobre a evolução do tamanho dos peixes em resposta às nossas práticas de pesca
[todos em inglês].
Para aprender mais sobre a natureza da ciência,
visite o o sítio da internet do projecto Understanding Science
[em inglês].
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CONCEPÇÃO
ERRADA: A evolução é ‘apenas’ uma teoria
CORRECÇÃO: Esta
concepção errada deriva de uma confusão entre o uso casual e científico da
palavra teoria.
Na linguagem do dia-a-dia, teoria é muitas vezes usado como sinónimo para um palpite com pouco
suporte dado pela evidência. Por outro lado, as teorias científicas são
explicações abrangentes para uma ampla gama de fenómenos. Para ser aceite pela
comunidade científica, uma teoria tem que ser fortemente suportada por várias
linhas diferentes de evidências.
A evolução é
uma teoria científica bem suportada e amplamente aceite; não é ‘apenas’ um
palpite.
Para aprender mais sobre a natureza das teorias científicas, visite o sítio da internet do projecto Understanding Science
[em inglês].
Leia também esta publicação,
neste blogue.
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CONCEPÇÃO
ERRADA: A teoria da evolução é inválida porque é incompleta e não consegue
dar uma explicação completa para a biodiversidade que observamos à nossa volta
CORRECÇÃO: Este equívoco decorre de uma má compreensão da natureza das teorias
científicas. Todas
as teorias científicas (da teoria da evolução à teoria atómica) são trabalhos
em progresso.
À medida que novas provas se descobrem e novas ideias
se desenvolvem, a nossa compreensão de
como funciona o mundo muda, assim
como também mudam as teorias científicas.
Apesar de não
sabemos tudo o que há para saber
sobre a evolução (ou sobre qualquer outra disciplina científica), sabemos muito sobre a
história de vida, o padrão de ramificação de linhagens ao longo do tempo e os mecanismos
que causaram essas mudanças.
E iremos aprender mais no futuro.
A teoria da evolução, como qualquer outra teoria científica, ainda não explica tudo o que observamos no mundo natural. No entanto, a teoria da evolução ajuda-nos a compreender uma grande variedade de observações (do aparecimento
de bactérias resistentes a antibióticos até à semelhança física entre polinizadores e
suas flores preferidas), faz previsões precisas em novas situações
(por exemplo, que o tratamento de
pacientes de SIDA com um conjunto de medicamentos deve retardar a evolução do vírus), e provou estar correcta uma e outra vez
em milhares de experiências e estudos observacionais.
Até à data, a evolução é a única explicação bem suportada para a diversidade da vida.
Para saber mais
sobre a natureza das teorias científicas,
visite o sítio da internet do projecto Understanding
Science [em inglês].
Leia também esta publicação,
neste blogue.
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CONCEPÇÃO
ERRADA: As falhas no registo fóssil refutam a evolução
CORRECÇÃO: Apesar
de ser verdade que há falhas no registo fóssil, isto não constitui evidência
contra a teoria da evolução.
Os cientistas avaliam as hipóteses e as teorias
fazendo previsões sobre o que esperamos observar se uma determinada ideia for
verdadeira e, depois, verificando se essas expectativas se confirmam.
Se a teoria da evolução for verdadeira, então
esperamos ver formas de transição ligando espécies antigas com os seus
antepassados e os seus descendentes. Esta expectativa foi confirmada. Os
paleontólogos encontraram vários
fósseis com características de transição e novos fósseis estão continuamente a
ser descobertos. No entanto, se a teoria da evolução for verdadeira, não
esperamos que todas essas formas
estejam preservadas no registo fóssil. Muitos organismos não têm partes do
corpo que fossilizam bem, as condições ambientais para formar bons fósseis são
raras e, claro, apenas se descobriu uma pequena percentagem dos fósseis que
estarão preservados na Terra. Por isso, os cientistas esperam que para muitas transições evolutivas haja falhas no
registo fóssil.
Para saber mais sobre como testar ideias científicas, visite o sítio da
internet do projecto Understanding Science [em inglês].
Para saber mais sobre transições evolutivas e os fósseis que as documentam,
visite o módulo sobre esse tópico [em inglês].
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